Audiência pública apresenta projeto de duplicação da PR-323

 

Publicado em: 05/12/2013 00:00

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Autoridades e população de Cianorte e região participaram, na tarde desta quinta-feira (05), no auditório da Associação Comercial e Industrial de Cianorte (ACIC), da audiência pública que discutiu a obra de duplicação da PR 323, que liga Maringá a Francisco Alves. Promovida pelo Governo Estadual para ouvir as demandas das regiões que serão beneficiadas com a duplicação dos 220 quilômetros da rodovia, a reunião apresentou o projeto, permitiu esclarecer dúvidas e, também, que a população apresentasse sugestões ao programa, que será feito em Parceria Público-Privada (PPP).
“Com essa parceria, largamente utilizada no mundo afora, a PR-323 será transformada em um grande e moderno corredor rodoviário, beneficiando 14 municípios da região. Por isso, é essencial ouvir as necessidades da população para melhorarmos ainda mais o programa de duplicação”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
O prefeito Bongiorno demonstrou satisfação em sediar a audiência, salientou a importância da participação popular e solicitou agilidade nos trâmites. “É com carinho que recebemos todos vocês para discutirmos a duplicação da PR-323, uma obra que vai preservar vidas e beneficiar o escoamento de produtos. Este encontro é imprescindível para que o Estado conheça nossas reais necessidades e, assim, atue conforme a demanda. Peço que sejam observados os tempos gastos com os processos burocráticos do projeto, como a licitação e obtenção de licenças”, destacou.
O secretário da Casa Civil, Reinhold Stephanes, e funcionários dos órgãos rodoviários apresentaram o projeto em termos técnicos e indicadores de desempenho ambiental, econômico e social. “Estamos empenhando esforços para fazer a melhor obra com a menor tarifa. Sabemos que a PR-323 é a número um em importância e necessidade para o Paraná. Com a duplicação, a rodovia se tornará uma das mais modernas e funcionais do Brasil. Para isso, estamos buscando o apoio da população”, contou Stephanes.
Serão construídos 207 quilômetros de novas pistas na rodovia, completando a duplicação entre Paiçandu e Francisco Alves. Ao longo da duplicação haverá 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes, além de marginais e ciclovias nas áreas urbanas, dentro de padrões internacionais. Na primeira etapa do programa, prevista para cinco anos, serão duplicados 162,5 quilômetros, saindo de Paiçandu até o entroncamento da PR 486, em Perobal. Na segunda etapa, começará a duplicação dos outros 44,3 quilômetros, entre Perobal e Francisco Alves, com até 16 anos para ser concluída, um período que pode ser antecipado, caso o volume de tráfego supere os índices médios estabelecidos em contrato.
A previsão é de que sejam investidos R$ 7,7 bilhões ao longo de 30 anos de concessão. Para isso, o projeto conjectura a instalação de quatro praças de pedágio, com valor da tarifa avaliado em R$ 4,50 para veículos leves e para cada eixo de caminhões. Os usuários contarão com serviços de guincho 24 horas, atendimentos de primeiros socorros, pontos de apoio aos motoristas, entre outros benefícios.
O presidente da ACIC, José Claudiney Rocco, demonstrou parecer favorável ao projeto, porém com algumas ressalvas. “A duplicação da PR 323 é um sonho antigo de nossa população e reduzirá a alta periculosidade da rodovia. Acreditamos que, uma vez observado o aspecto econômico de nossa região, o preço do pedágio deve ser revisto, sendo R$ 3 um valor ideal. Também defendemos a construção de uma trincheira ao final da Avenida Pernambuco, visto o elevado tráfego”, sugeriu.
Richa Filho explicou que este valor da tarifa não é definitivo, pois só será definido com a licitação. “No entanto, estamos certos de que será o mais baixo do Paraná e a cobrança só será feita depois da entrega de cada trecho de duplicação, com a construção de viadutos, trincheiras, pontes e passarelas. Para evitar cobranças injustas, o Estado definiu que as quatro praças ficarão fora de áreas densamente povoadas. O governo vai instalar contadores de tráfego, que permitirão aos paranaenses saber quantos veículos transitam e pagam a tarifa. Assim, quando o movimento superar uma banda de tráfego definida em contrato, todo o recurso a mais será revertido ao programa em forma de mais obras, redução de tarifas ou na participação financeira do Estado”, esclareceu.
Uma concorrência na modalidade menor contraprestação vai escolher a empresa que vai fazer a duplicação. Além das obras, a vencedora da licitação será sócia do Estado e vai ter que operar e administrar a rodovia, prestando serviços de atendimento aos usuários. O valor da rentabilidade foi definido dentro dos parâmetros adotados pelo governo federal – Taxa Interna de Retorno (TIR) é de 8,1%, um percentual que representa menos da metade do cobrado no atual Anel de Integração.
Também participaram da audiência: o deputado federal, Osmar Serraglio; o deputado estadual, Jonas Guimarães; o vice-prefeito Serginho; vereadores; prefeitos da região; representantes de entidades e clubes de serviços; entre outros profissionais e munícipes.

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