Historia

A cidade que se redescobriu e se tornou a Capital nacional do Vestuário

Cianorte foi fundada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná – da qual herdou o nome: Cia (Companhia) e norte (de Norte do Paraná) – em 26 de Julho de 1953. Era o início da colonização das regiões Norte e Nordeste do Paraná, que atraiu desbravadores de outros estados, principalmente do interior de São Paulo e de Minas Gerais. Vinham em grandes levas, motivados pelas perspectivas de prosperidade e de um futuro melhor divulgadas pelas notícias de que a região era um verdadeiro eldorado de solo roxo e fértil. E foi a partir da terra, especialmente da cultura do café, que Cianorte prosperou e se firmou como uma das mais promissoras cidades do Norte paranaense.

Até os anos 1970, o café sustentou a economia do município, mas, no final da década, as fortes geadas e mudanças na política econômica nacional, que afetaram drasticamente o setor cafeeiro, alteraram o curso da história. Como os demais municípios da região, Cianorte enfrentou o desemprego e o êxodo rural, mas não se deixou abater. O espírito desbravador e forte de sua gente viu na crise um desafio para novas oportunidades. Na busca de alternativas para manter seu ritmo de desenvolvimento, Cianorte descobriu uma vocação para o setor de confecções e apostou na industrialização. Empresários, comerciantes e antigos produtores rurais passaram a investir em maquinário, a construir fábricas e buscar mão-de-obra para o novo ofício. Preocupado com a qualidade das peças produzidas, o Governo Municipal, em parceria com entidades representativas de classe, buscou apoio técnico e instrutores especializados, o que resultou na instalação de vários cursos de aperfeiçoamento e qualificação de mão-de-obra na cidade.

Expansão contínua

Com o esforço na busca de melhorias para produzir com qualidade a evolução foi rápida. Em pouco tempo, Cianorte se destacou no cenário nacional como o maior pólo atacadista do Sul do País e passou a ser conhecida como a “Capital do Vestuário”. Hoje, a indústria de confecções de Cianorte soma mais de 450 empresas e 600 grifes, emprega mais de 15 mil pessoas (a cada cinco cianortenses, dois trabalham no setor de confecções) e movimenta uma série de setores paralelos, como corte e costura, bordados, lavagem de tecidos e cursos de moda, gerando cerca de 30 mil empregos indiretos. Responde, ainda, pela realização da maior feira do vestuário do Sul do País: a Expovest. No PIB do município, a indústria é responsável por 44,30%, enquanto os setores de comércio e serviço representam 38,30%. Os 17,40% restantes vêm das atividades rurais.

Com a consolidação da indústria de confecções, a cidade ganhou grandes centros atacadistas, como os shoppings e a Rua da Moda, que recebem, diariamente, centenas de compradores de todas as partes do Brasil. Hoje, Além das confecções,  o parque industrial de Cianorte, que começou com uma fábrica de refrigerantes ainda na década de 50,  inclui empresas dos mais variados ramos, como metalúrgicas, fábricas de barbantes, reciclagens, embalagens plásticas, móveis e estopas. Há, ainda, o setor alimentício com produção de enlatados, doces, bebidas (refrigerantes) e frios; e uma forte atuação dos setores avícola, frigorífico e de laticínios, com produtos que vêm, gradativamente, conquistando o mercado brasileiro.

A diversificada oferta de oportunidades profissionais geradas pela expansão econômica do município nos últimos anos vem atraindo famílias inteiras de pequenas cidades da região e de outros Estados, o que movimenta também o setor de habitação. Somente de 2007 a 2008 foram registrados três novos loteamentos residenciais no município

Também é crescente o número de profissionais liberais como advogados, dentistas, médicos de variadas especialidades, professores, designers, arquitetos, contadores, entre tantos outros, que escolheram a cidade para atuar.


Reforçando sua posição de pólo regional, Cianorte passou a abrigar um campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outro da Unipar (Universidade Paranaense) e a oferecer uma série de opções de entretenimento e lazer – outro setor em franca ascensão na economia local.