Comitê de Combate a Dengue traça estratégias de enfrentamento da doença

Em reunião, na última sexta-feira (08), foi divulgado o resultado do 2ª Levantamento de Índice Rápido - LIRAa

Os membros do Comitê Municipal de Combate à Dengue reuniram-se, na última sexta-feira (08), para traçar um panorama da doença e também estratégias de enfrentamento. Até o momento, Cianorte possui 208 casos confirmados e 2006 notificados, um número alarmante se compararmos com 2021, quando foram confirmados 26 casos (durante todo o ano).

“A quantidade de casos é reflexo da falta de engajamento da população na eliminação de criadouros do Aedes Aegypti. O 2ª Levantamento de Índice Rápido (LIRAa), realizado de 04 a 07 de abril, encontrou 27 focos, nos 1553 imóveis pesquisados, resultando no Índice de Infestação Predial (IIP) de 1,7%. O indicativo é considerado de risco moderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza o limite de até 1%, e maior que o resultado do primeiro levantamento de 2022, realizado em janeiro, de 0,9%. Portanto, precisamos redobrar os cuidados”, informou a chefe da Divisão de Prevenção em Saúde, Aline Soares de Almeida Leal.

Conforme o LIRAa, 48% dos focos estavam em lixos; 25% em locais como cisternas e baldes; 14% em bebedouros de animais; 7% em depósito fixo, como chafariz; e 3% em pneus e outros materiais. Os bairros com maior IIP são Zona 3 (7,1%); Zona 1 (5,45%); Asa Branca (5,26%); e Zona 6 (3,9%). Além dos números do LIRAa, os conselheiros comentaram sobre a necessidade do acompanhamento dos casos da doença e sugeriram alterações no fluxo de atendimento dos casos sintomáticos.

“Nossos agentes de combate de endemias estão atuando na conscientização de crianças e adolescentes para que sejam multiplicadores da informação entre as famílias. Estabelecemos um cronograma com as instituições de ensino e entre os dias 21/03 e 28/04 faremos palestras em todas as escolas. Além disso, continuamos com o trabalho de notificações, fiscalizações e arrastões (com o apoio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos)”, explicou Aline.

FUMACÊ - Uma estratégia bastante cobrada pela população é o fumacê. Porém, o inseticida de Ultra Baixo Volume acoplado a veículo (UBV pesado) não pode ser utilizado de forma indiscriminada, por apresentar riscos para a saúde e meio ambiente. Diante disto, a Secretaria de Estado da Saúde estabeleceu um protocolo de utilização, segundo critérios técnicos - RESOLUÇÃO SESA Nº 0459/2014 (Publicada no Diário Oficial nº 9233, de 25/06/14).

“A efetividade do fumacê é menor de 50%. Por isso, é o último recurso a ser utilizado. Para a situação que vemos vivendo, a principal arma de combate é a conscientização. Só vamos vencer a dengue, se cada um fizer a sua parte”, finalizou Aline.