Escolas municipais recebem colônias de abelhas sem ferrão

As escolas municipais Jardim Aeroporto e Castro Alves estão com milhares de moradores. Trata-se de abelhas nativas, sem ferrão, que vivem em colônias instaladas nas instituições de ensino. A ação integra um projeto inédito, fruto da parceria firmada entre voluntários do grupo “Abelhas Fonte de Vida”, criadores e a Prefeitura de Cianorte, por meio das secretarias municipais de Educação, Agricultura e Meio Ambiente.

“Os principais objetivos desta iniciativa são demonstrar às crianças a importância da abelha na natureza, na manutenção e promoção da biodiversidade, desmistificar a sua criação, ensinar os alunos a manejá-las, para que ocorra a polinização das plantas nos arredores da escola e a comunidade escolar possa usufruir do mel ali produzido”, explicou o chefe da Divisão de Fomento Agropecuário, Adenir Volpato, lembrando que a Secretaria Municipal de Agricultura pretende, a curto prazo, disseminar a criação de abelhas como alternativa de renda para agricultores familiares.

As instituições que participam do projeto receberam caixas que servem de abrigo para as abelhas, onde formam a colônia, doadas pelos membros do grupo Abelhas Fonte de Vida. Foram instaladas 16 unidades na Jardim Aeroporto e 17 na Castro Alves. As espécies escolhidas foram Jataí, Mandaçaia e Mirim. “Nesta primeira fase, os voluntários Márcio Ferreira da Silva, Cristina Kozempa, Sebastião Garcia, João Paulo Rossi, acompanhados do Adenir Volpato, apresentaram esses animais sem ferrão para os estudantes. Com a utilização de caixas didáticas, de vidro, os alunos aprenderam desde a organização da colônia, até como capturá-las e fazer a retirada consciente do mel. Ficamos muito satisfeitos com o interesse e engajamento dos professores e alunos”, comentou Márcio.

“Enquanto escola, estamos muito felizes em receber o projeto. As colmeias são grandes ferramentas de educação ambiental, pois demonstram os benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos. No início do século XX, Albert Einstein, um dos maiores físicos de todos os tempos, disse que se as abelhas desaparecessem da Terra, a humanidade teria apenas mais quatro anos de existência, uma vez que sem elas não há polinização e, consequentemente, não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, e sem animais não haverá raça humana”, ressaltou a secretária municipal de Educação, Jakeline Plácido Marcon.